Sua autobiografia já é best-seller e Michelle Obama acabou de alcançar o topo da lista das mulheres mais admiradas do mundo, segundo pesquisa do Instituto YouGov.
É um pouco chover no molhado, então, vir a público falar de como o seu livro, “Minha História”, e o contato com a vida dela me impactou, mas certamente, por décadas, vamos ouvir relatos assim, porque a história dela é, realmente, inspiradora.
Para quem me conhece um pouco sabe, e outros que tiverem curiosidade passem os olhos no meu currículo, que encontrar-me profissionalmente exigiu um caminho pouco convencional. Nunca tive resposta para a pergunta “O que você quer ser quando crescer” e já no início do livro, deparei-me com uma boa reflexão para esta questão que realmente me atormentava na infância:
“Era ambiciosa, embora não soubesse muito bem qual era minha meta. Hoje em dia penso que essa é uma das perguntas mais inúteis que um adulto pode fazer a uma criança (…) como se crescer fosse algo finito. Como se a certa altura você se tornasse algo e ponto final” (Minha História – Michelle Obama)
Descobri uma advogada que abriu mão da carreira para dedicar-se a temas relacionados a direitos humanos, promoção da cidadania e relacionamento com a comunidade, entendendo que o trabalho nestas temáticas era mais aderente a seus propósitos e parecia o caminho certo a seguir. Uma mãe que fazia malabarismos para encontrar um ambiente confortável e que funcionasse bem para suas filhas, mesmo trabalhando fora em tempo integral e administrando uma série de outros temas domésticos, sociais e conflitos íntimos.
Uma mulher que, em seu relato, nos chama atenção para o papel protagonista que exercemos na sociedade e como ela, mulher, negra e “franca” queria dividir sua história para poder servir de inspiração para que outras pensassem “se ela chegou lá, eu também posso”.
Não almejo nem a metade do que a Michelle conquistou, mas não tem como sair da leitura do seu livro sabendo que é possível construir seu caminho sendo mulher, mãe, de qualquer raça, com qualquer orientação sexual, inserida em qualquer modelo familiar e sociedade.
Não é um percurso fácil, na maioria das vezes, ou nem sabemos onde vamos chegar, mas se crescer é algo infinito, podemos, ao menos, nos tornarmos maiores nesta jornada!
E você, já leu? Conte por aqui o que achou. Para quem ainda não leu, é imperdível!!
Photo credit: Barack Obama on Visualhunt.com / CC BY-NC-SA