Se você tem dúvida sobre o quão “natural” é a relação afetiva de pessoas do mesmo sexo, leia o livro “Sapiens”, do Yuval Harari. Ele tem um capítulo dedicado a “sexo e gênero” e “ele e ela” e posso garantir que você não terá mais dúvidas depois de ler a brilhante explicação que ele faz sobre biologia e cultura. Só um espoiler “A biologia capacita, a cultura proíbe”.
Se você tem dúvida sobre o que responder a seu filho ou filha, não se preocupe, tenho certeza que em um ambiente de tolerância, ele nunca pedirá explicações sobre isso. As crianças não têm estranhamento se não são condicionadas culturalmente.
Se o seu ponto é proteger a família, pense em quantos núcleos familiares heteronormativos não se encaixam no padrão e se seu incômodo e mobilização são seletivos.
Se você “não tem preconceito” e atribui a isso o fato de ter um amigo ou amiga, um primo ou prima que é homossexual, pesquise sobre vieses inconscientes e veja se seu espectro de inclusão pode ultrapassar essa manifestação pontual e se aplicar a outras interações e demandas da população LGBTI+.
Pense que nós somos quase 8 bilhões de pessoas no mundo, que vivemos em contextos culturais diversos, temos diferentes origens, mas a busca do ser humano é única: a felicidade.
Deixem as pessoas serem felizes e lutem sempre para a garantia dos direitos civis, para todos, incluindo o casamento.
Foto de Markus Spiske